Em abril de 20, entrei em um aplicativo de relacionamentos e conheci uma pessoa interessante. Depois de trocarmos contatos, começamos a conversar. Três dias se passaram e decidimos nos encontrar. Nosso primeiro encontro foi num café perto da minha casa. O papo fluiu maravilhosamente, rolou uma química incrível, mas por sorte, foi só isso... Vocês vão entender o motivo.No segundo encontro, saímos novamente para tomar algumas cervejas. Durante a conversa, surgiu o assunto sobre redes sociais antigas, e como ela disse que não atualizava nada há uns 8 anos, pedi para ver seu perfil no Facebook. Ao abrir, percebi que tínhamos 3 amigos em comum: 1 primo meu e 2 pessoas da família do meu pai, com quem não tenho contato há mais de 20 anos.O diálogo que se seguiu foi surreal. Descobrimos que éramos primos! Ela reconheceu meu primo João como sendo dela também. Percebi então que éramos filhos da mesma tia, irmã do meu pai, e ela confirmou ser filha do meu pai também. Foi um choque.Agora, alguns detalhes importantes: meu pai era ausente e tinha uma reputação duvidosa. Ele saiu de casa quando eu tinha cerca de 3 anos e raramente aparecia, sempre pedindo dinheiro para minha mãe. A última notícia que tive dele foi em 2017, quando estava preso, e descobri após tudo isso que ele faleceu em 2022.Nem eu nem ela tivemos muito contato com ele. Ela o viu apenas algumas vezes na vida, assim como eu. No momento da descoberta, ela ficou arrasada, chamou um Uber e foi embora. Mas depois de alguns dias, ela entrou em contato novamente e nos aproximamos. Cheguei até a conhecer a mãe dela, que sabia da minha existência, mas não fazia ideia de quem eu eraMinha mãe, por sua vez, afirma não saber de nada. A diferença de idade entre nós é de apenas 1 ano: eu tenho 30 e ela 29. Foi um turbilhão de emoções e reviravoltas, mas acabamos nos aproximando após esse episódio inusitado.