O vídeo aborda a problemática do trabalho infantil
Alexsander Fortes
O trabalho infantil é resultado de diversas causas, como a vulnerabilidade econômica, a falta de acesso a uma educação de qualidade e as pressões da sociedade de consumo. As crianças, quando submetidas ao trabalho precoce, acabam tendo sua escolarização interrompida, o que perpetua o ciclo de pobreza e exclusão social.A normalização do trabalho infantil, muitas vezes justificada como uma solução de sobrevivência familiar, está intrinsecamente ligada ao conceito de violência simbólica, como definido por Pierre Bourdieu. Trata-se de formas sutis de opressão que são aceitas pela sociedade, muitas vezes sem que as vítimas ou os que perpetuam essa exploração percebam a violência envolvida.A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o ordenamento jurídico brasileiro, por meio da Constituição e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelecem normas claras para a proteção das crianças e adolescentes contra o trabalho precoce. A idade mínima para o trabalho é de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos, garantindo que os jovens mantenham seus direitos à educação e à formação profissional adequada.Para enfrentar essa questão, é necessário reconhecer que o trabalho infantil é uma violação dos direitos fundamentais e que sua erradicação depende de uma combinação de políticas públicas eficazes, educação de qualidade e conscientização da sociedade.