Nos primórdios do mundo, quando o Criador das coisas formou a Terra e os céus, a terra ainda era estéril e árida, sem árvores, sem plantas. A ausência de chuva impedira que as sementes brotassem e a mão do homem ainda não havia cultivado a terra. Uma névoa espessa e persistente emanava do solo, regando toda a superfície da Terra.Então, o Senhor Deus criou o primeiro homem, o ser humano, a partir do próprio barro da terra, e soprou o fôlego da vida em suas narinas. O homem se tornou um ser vivo, dotado de consciência e inteligência.O Criador criou um magnífico jardim no Éden, em algum lugar do oriente, e ali colocou o homem recém-formado, com a incumbência de cuidar e proteger aquele recanto paradisíaco. No jardim, fez brotar toda sorte de árvores belas e frutíferas, bem como duas árvores especiais: a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal.Do Éden partia-se um rio, que se ramificava em quatro braços distintos, como se fossem quatro grandes veios que nutriam as terras e as vivificavam: Fison, Geon, Tigre e Eufrates. Fison era conhecido por envolver uma terra rica em ouro, bdélio e pedra ônix, materiais preciosos e raros.O Senhor Deus avisou o homem, ainda inexperiente e ingênuo, sobre as frutas do Éden. Ele poderia saborear livremente o fruto de todas as árvores, com exceção da árvore da ciência do bem e do mal, cuja fruta era proibida para o homem, sob pena de morte.Com o tempo, o Criador observou que não era bom que o homem estivesse só no jardim. Assim, levou todas as criaturas que habitavam os campos e os céus ao homem, para que lhes desse nome a cada espécie. E, quando acabou de nomear todos os animais e aves, Deus percebeu que nenhum deles constituía a companhia ideal para o ser humano.